domingo, 26 de janeiro de 2014

O primeiro missionário entra em Timor


Há séculos, há muito tempo, os régulos de Timor, duma ponta a outra, juntaram-se no extremo da ilha para uma grande cerimónia sagrada.
No calor da dança, as gaitas de bambu e as tubas de chifre anunciaram a todos que no meio do mar, na extremidade da ilha, aparecera qualquer coisa parecida com uma armada; o que pusera a todos o coração em sobressalto.
Aqui, o régulo-chefe da extremidade da ilha cuidou e persuadiu-se de que aquela armada viria até ali para fazer guerra.
Mandou então dizer a todos os régulos que viessem sem falta, com seus guerreiros, suas espadas, armas, arcos e zagaias, para irem à praia esperar todos aqueles barcos.
Os nautas, vendo na praia a grande multidão de gente, compacta como as folhas duma árvore, fundearam os barcos ao largo, e apenas um se aproximou da praia.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A lenda da abóbora

 Antigamente, na escosta do Monte de Uru Bai, no reino de Venilale, na aldeia de Lia Bala, vivia um velho que gostava muito de cultivar a horta de abóboras. Naquele tempo, as abóboras davam frutos e eram só de tamanhos redondos. Ele preparava a sua horta durante um mês, no sopé daquele monte. Quando a chuva caía na terra, ele ia logo para a terra e levava consigo as sementes das abóboras para semear. Semeava durante uns dias. Depois de umas semanas, o velho ia outra vez para a sua horta e via as sementes nascerem e crescerem com muita abundância.
Todas as manhãs saía de sua casa e ia fazer mondas. Tratava muito bem da sua horta. Um mês depois, as sementes de abóbora começaram a dar fruto em grande quantidade. Ele cuidava, tratava, até que as abóboras ficavam maduras, sem o velho mexer nelas. Todos os dias, levava consigo alimentos para o meio-dia e um bambuzinho para mater a sede.